Cargos dos peemedebistas no governo serão avaliados

A participação do PMDB no governo socialista está com os dias contados. A julgar pelas declarações do governador Ricardo Coutinho, a discussão do ainda aliado está na pauta do dia. Ocorre algumas horas depois dos peemedebistas optaram por unir-se à reeleição do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), rompendo a aliança do segundo turno da campanha passada.

Nesta quarta-feira (27), o governador veio à boca do palco para falar sobre a postura dos peemedebistas, que tornaram-se adversários na disputa pela sucessão municipal da capital. Ricardo adiantou que “existe um desejo evidente, através da inveja e do ódio, de derrotar aqueles que porventura trilham um caminho diferenciado que é o caminho da realização, do respeito ao coletivo e da mudança prática da política”.

A observação foi feita para mostrar que “é isso que nós representamos com nossas falhas, com nossos acertos e são esses acertos que incomodam profundamente quem comandou a Paraíba e hoje não tem mais discurso para poder se colocar diante do povo”, enfatizou.

Não comentou a desistência do peemedebista Manoel Júnior, que possibilitou o PMDB aliar-se a candidatura de Luciano Cartaxo, adversária da pré-candidata socialista Cida Ramos. Sobre a pergunta feita por um repórter na manhã de hoje, RC respondeu assim:

“Eu não digo é nada, não vou perder tempo com Manoel Junior que deve ter seus problemas com Eduardo Cunha, com aquele povo, eu estou trabalhando, a retirada da candidatura é problema dele, não meu. O ódio que ele alimenta é o da velha política”, detonou.

A reação é absolutamente normal, embora já era previsível que isso viesse acontecer após Manoel Júnior desistir da sucessão municipal de João Pessoa. Mas nada nesta política surpreende. Vão-se os anéis e ficam os dedos.