Raoni tenta atenuar as criticas ao governo de Ricardo

As coisas poderiam estar tranquilas e favoráveis para o recém empossado deputado Raoni Mendes (DEM), suplente e vereador licenciado da Capital. O comitê da campanha do PSB à sucessão municipal de João Pessoa procura um vice com o perfil do parlamentar. No entanto, alguém cochichou no ouvido do governador Ricardo Coutinho, lembrando que o parlamentar palaciano – lá atrás – o chamou de “personalista”, “centralizador”, também que “só ele pode, só ele acha…”.

Num programa exibido via web pelo portal Diário do Sertão, o deputado Raoni Mendes fez a seguinte indagação: Qual a característica de Ricardo Coutinho? Ele próprio respondeu: “Não reconhecer”. Aliados do governador fizeram chegar a ele cópia do vídeo da entrevista, com as informações de que o governo ganhou “Zero” porque na fala do hoje aliado “deixou muito a desejar nas diversas áreas, sobretudo segurança pública, educação e saúde”.

Considerado um modelo de administração do governo socialista, à época, Raoni fez duras criticas ao Orçamento Democrático, chamado o programa de “sistema de escuta”. E prosseguiu, afirmando que promoveu o nome de Ricardo Coutinho no interior do Estado pedindo aos seus colegas vereadores de vários municípios “para que dessem um título de cidadania ao hoje governador”.

Tentando atenuar as criticas do passado, Raoni veio à boca do palco nesta terça-feira (5) para afirmar que mudou e que hoje são novos tempos. Disse que as alianças realizadas por Ricardo iam de encontro ao seu pensamento político, talvez se referindo ao PSDB do senador Cássio Cunha Lima, ao PMDB do senador José Maranhão…

Ele participou do programa Frente a Frente, exibido pela TV Arapuan, e sobre o assunto acima afirmou: “As escolhas feitas por ele (RC) não caberiam ao vereador Raoni. Em 2012, eu havia acabado de ser secretário de Luciano Agra e fiquei ao seu lado. Já em 2014, Coutinho se aliou com Cartaxo e onde estava o palanque de Cartaxo, eu não poderia estar”. É verdade. Não era coerente.

Entre uma fala e outra, disse que “as opiniões devem ser sempre respeitadas”. Agora, sim, acertou.