Agora é Maranhão que admite aliança com prefeito Cartaxo

De inicio, o senador José Maranhão alimentou a tese de candidatura própria do seu PMDB. Mas surpreendeu na noite passada em entrevista a repórter Rebeca Carvalho, quando admitiu, de forma taxativa, um entendimento com o prefeito Luciano Cartaxo (PSD). Alega que “saturou” a convivência com o governador Ricardo Coutinho (PSB), cujas razões são de conhecimento público por causo de um desgaste antigo.

Maranhão tem ouvido mais e falado menos acerca de uma possível aliança com a recandidatura do prefeito da Capital, que envolve a participação do PSDB do senador Cássio Cunha Lima. “Conversamos sobre essa possibilidade de união já no primeiro turno das aleições, mas a coisa não evoluiu”, disse o presidente dos peemedebistas no Estado.

A relação piorou após o governo haver rebaixado uma indicação do pemedebê para um cargo de primeiro escalão, que na reforma administrativa da semana passada acabou no segundo plano. Tinha em Laplace Guedes o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico. Foi substituído pelo deputado licenciado Lindolfo Pires (Pros).

Laplace é um afilhado político do senador Maranhão. “Ele me disse que não assumiria”, comentou o presidente dos peemedebistas com o rebaixado candidato ao cargo de secretário executivo de Energia e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), função que não tem mais nenhum sentido de existir porque esse programa do governo federal está suspenso com a crise econômica.

Político experiente e com uma longa vida pública, JM prefere não se antecipar aos fatos que está para acontecer nos próximos dias, mas deixou o grupo do prefeito de João Pessoa animado quando observou o caminho livre para um aprofundamento de diálogo com Luciano Cartaxo, em que pese a pré-candidatura do deputado Manoel Júnior.

Perguntado se já tinha feito a avaliação sobre a aliança das oposições do governista PSB, o presidente do PMDB disse que “não conversei com os agentes”, se referindo ao prefeito Luciano Cartaxo e o senador Cássio. Adiante, comentou: “Eu já fui convidado para conversar várias vezes, e uma vez, faz um tempo, conversei com Luciano”, garantindo não existe “uma agenda para um conversa mais consequente”, concluiu.