O governo Dilma Rousseff sofreu um duro golpe em sua pretensão de anular o relatório do impeachment, aprovado pela comissão processante no começo desta semana. O Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão extraordinária nesta quinta-feira (14), negou a ação da Advocacia Geral da União (AGU), que pedia a suspensão do julgamento deste domingo (17).
Na verdade, o governo sofreu três derrotas seguidas no julgamento que começou já no final da tarde de ontem. No primeiro, o STF validou a ordem de votação do impeachment, ou seja, começando por deputados das regiões Norte e Sul de forma alternada, conforme já havia determinado o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
Nos dois mandados de segurança, que teve como relator o ministro Edson Fachin, ele disse que será apreciado no domingo será a denúncia contra a presidente, e não o relatório da comissão especial do impeachment. Por isso, ele indeferiu o pedido de pronto.
Em seguida, acompanharam o voto do relator os ministros Luiz Barroso, Teori Zavaschi, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Eles formaram a maioria de 8×0 contrários ao pedido de anulação da sessão do domingo.