A caminho do PSD, o prefeito Luciano Cartaxo tomou uma decisão nesta quinta (17) já prevista pelos analistas políticos. A desfiliação do PT deu-se mais em virtude dos princípios e o programa partidário. Na verdade, nunca foram tão renegados pelo Partido dos Trabalhadores, inclusive de forma reiterada e persistente.
Havia até um risco para a própria virtual candidatura à reeleição de Cartaxo sua permanência na legenda, diga-se, desbotada pelo envolvimento nos escândalos de propina da Petrobras, que originou-se na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Para alguns analistas, a separação foi provocada pelo partido. Não por ele.
Era perfeitamente natural que o prefeito do maior colégio eleitoral do Estado viesse tomar uma decisão como a de hoje. Também, não poderia esperar mais tempo para dizer “tchau” sem um “até logo” e se caminhando para o PSD que é da base do Governo Federal.
Bem a vontade, Cartaxo não escondeu o motivo de sua saída: “A cidade de João Pessoa e, depois, os escândalos que envolvem o Governo Federal e o PT em nível nacional. Nós entendemos que não podemos ser penalizados por erros de terceiros e muito menos prejudicar a nossa cidade por causa do cenário nacional…”.
“[…] Não podemos perder um minuto sequer de trabalho explicando e sendo responsabilizados por escândalos que não tem absolutamente nada a ver com a cidade de João Pessoa”, adiantou.
Elegante, comentou a saída do irmão gêmeo Lucélio Cartaxo da presidência da Companhia Docas. “A indicação foi feita pela direção do PT, assim como ocorreu com Lenildo Morais e nada mais coerente que Lucélio entregue o cargo”. Aproveitou para negar o rompimento com o PSB do governador Ricardo Coutinho.
“Estamos tomando uma decisão política, mas a eleição será tratada apenas no próximo ano. Não estamos excluindo ninguém do nosso projeto; não estamos anunciando rompimento com ninguém”.
A reação dos que botam “gostam ruim” nas coisas é natural porque a decisão é uma demonstração de amadurecimento político.