Sob suspeição, Hugo Motta sai em defesa de Eduardo Cunha

O deputado Hugo Motta (PMDB) é uma espécie que “faz o que o chefe manda” e não poderia ter postura diferente quando defendeu o encrencado Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal denunciado pelo procurador-geral do Ministério Público Federal, Rodrigo Janot, que “promoveu” Cunha a condição de réu no esquema que investiga esquema de corrupção na Petrobras. O político padrinho de Motta está agora sob os olhares do Supremo Tribunal Federal, graças ao privilégio da imunidade parlamentar.

“A denúncia não diz que o presidente Eduardo Cunha está condenado pelo crime que o Ministério Público está acusando. Ele terá o direito de se defender…”.

“[…] Nós vamos dar ao presidente Eduardo Cunha as condições que ele precisa, como qualquer cidadão tem direito, de oferecer sua defesa e se defender diante dos tribunais”, disse Motta ao antecipar uma possível investigação a que vem sendo submetido o presidente da Câmara na CPI da Petrobras, presidida por Motta.

O deputado paraibano é “um amigo de fé e irmão camarada”, sobretudo quando defende que: “Não acho legítimo tirar um presidente que foi eleito de forma legítima pelos deputados em primeiro turno por causa de denúncias do Ministério Público (…). Vários presidentes responderam a processos e nem por isso saíram do cargo. Não podemos condenar ninguém previamente, muito menos o presidente da Câmara”.

Por menos do que a denúncia de ontem de envolvimento com o escândalo da Petrobras o então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, foi afastado do cargo e teve o mandato cassado.