Quando declara que só abre mão de sua candidatura à reeleição na hipótese do espaço de senador na chapa do PSDB ser ocupada por um peemedebista, Cícero Lucena dá um exemplo de lealdade ao grupo comandado pelo senador Cássio Cunha Lima, pré-candidato ao governo estadual. Expõe o gesto mesmo sabendo que a recíproca não é verdadeira, lembrando que o presidente do seu partido, o deputado federal Ruy Carneiro, “oferece a vaga de Senado a todo mundo”.
Apesar de preterido, Cícero demonstrou preocupação porque a cinco dias das convenções partidárias o PSDB ainda não tem sinalização da composição do partido, o time que os tucanos mandarão a campo nas eleições de outubro. “Enquanto isso, o presidente do meu partido fica escalando quase um alfabeto todo para o Senado”, desdenhou.
Continuando com o seu raciocínio, o senador Cícero disse que “não é dessa forma que se deve fazer […] Conversar é uma coisa, mas oferecer para qualquer um…”, queixou-se durante entrevista radiofônica nesta quarta (25).
Reiterou que não será empecilho para a formação da chapa majoritária, destacando que antes mesmo de o senador Cássio Cunha Lima decidir pela candidatura própria, ele já avisava que desistia da postulação à reeleição ao Senado, propondo abrir espaço para o PMDB e que ele teria conversado com o partido.
Isso aconteceu a um ano atrás, inclusive defendeu que o povo fosse ouvido e se Cássio precisasse da minha vaga, estaria à disposição. “Se eu disse naquela época, mantendo a minha posição”, concluiu.