Quer ver o governador Ricardo Coutinho irritado? Basta um aliado titubear e colocar em dúvida a aliança com o seu projeto de reeleição, a exemplo do que aconteceu com o PDT do deputado federal Damião Feliciano (foto) na manhã desta segunda (19). O filho Renato – que é secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Estado, disse apenas que o partido só tomaria uma definição sobre apoio após a convenção partidário, em junho.
Então, Ricardo analisou as declarações do provável adversário Cássio Cunha Lima de que o PSDB só fecharia a chapa majoritária no prazo final das convenções partidária. Com medo de perder o PDT, o governador reeleitoral roçou o facão no pescoço dos pedetistas. “Quem participa do governo numa altura dessas não teria outro caminho”, disse.
O governador não sabe que os partidos cujas lideranças são de Campina Grande sofrem forte pressão para votar nos pré-candidatos de lá, a exemplo do próprio vice Rômulo Gouveia (PSD). Para complicar ainda mais a situação, o partido de RG está trocando o apoio na eleição nacional. Pode acomodar-se no colo do presidenciável Aécio Neves.
Renato Feliciano disse apenas que “o PDT apóia Ricardo, é da base, mas nenhum partido se definiu oficialmente”. O governador não entende assim e puxou a orelha do filho do deputado Damião, cuja pressão dos campinenses recomenda voto no senador Cássio.
Campina Grande, como se sabe, é da base política do parlamentar pedetista.