Soa como ultimato a declaração do vice-governador Rômulo Gouveia, também presidente estadual do PSD. Veja: “Tenho amigos, partido e tempo de televisão […]. Acho que Ricardo precisa mais de mim do que eu dele”. Para o PSB, Rômulo se tornou um problemão para a pré-candidatura à reeleição do “socialista” Ricardo Coutinho, que precisa da vaga de senador para negociar com outros partidos que não fazem parte de sua base aliada.
Deseja atrair o PMDB do pré-candidato Veneziano Vital do Rêgo, que é uma ameaça ao projeto “socialista”, mesmo que, com isso, perca o PSD de Rômulo, que certamente desembarcaria do “barco furado” que vem se transformando o consórcio partidário do governador reeleitoral.
“Mas não trabalho com essa hipótese; serei o candidato a senador na chapa do governador”, eis o recuou estratégico de Rômulo Gouveia. Ele se diz, até, preparado para o que der e vier e não ver a hora de se libertar do cargo que ocupa no Estado, sentimento que RG nutre desde o momento em que não acompanhou a decisão do amigo-irmão Cássio Cunha Lima (PSDB).
Recentemente, em declaração a uma emissora de rádio, o presidente do PSB/Paraíba, Edvaldo Rosas, declarou que a chapa à reeleição não tinha sido fechada. Também não garantiu que Rômulo ocuparia a vaga de senador na chapa encabeçada pelo governador Ricardo Coutinho.