Custou muito caro a declaração de voto da prefeita Polyanna Feitosa (PT-foto) à reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB). Depois do ocorrido, ela começou a enfrentar o seu inferno astral na política. Está sob duas ameaças: 1 – perder o mandato e 2 – ser expulsa do Partido dos Trabalhadores. Pense numa onda de azar. Estimulada pelo deputado federal Luiz Couto, pegou o carro e pediu passagem até a Granja Santana.
Chegando lá, depois de uma conversa, declarou que “o governador (Ricardo Coutinho) é um homem trabalhador, como eu”, mas não sabia que estava arrumando um problema para si. A direção petista decidiu abrir um processo interno na instância partidária, que poderá levá-la a expulsão das fileiras do PT e até a cassação do seu mandato.
Talvez, não seja necessário esse desgaste todo, porque quem já está cuidando da cassação da prefeita Polyanna é o Supremo Tribunal Federal, que pediu pauta para julgar o caso dela que teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral que a considerou inelegível para as eleições de 2012 por ter cumprido o terceiro mandado, representando um mesmo núcleo familiar para a prefeitura.
Polyanna era esposa do então prefeito do município, Jairo Feitosa, eleito em 2004, que faleceu no curso do primeiro mandato, em setembro de 2007, mais de um ano antes das novas eleições. O vice-prefeito Ugo Ugulino Lopes assumiu o cargo, exercendo-o até o final do mandato. Em 2008 ele disputou a eleição contra Polyanna, tendo sido por ela derrotado. Em novembro de 2010, a prefeita de Pombal contraiu novo matrimônio e candidatou-se à reeleição em 2012.
Quem pediu a cassação dela foi o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Isso chama-se azar.