De passagem por João Pessoa nesta quinta (13), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) produziu uma reviravolta na rotina do Palácio da Redenção, mesmo com a ausência do titular da cadeira de governador (Ricardo Coutinho), que levou sua candidatura à reeleição até a Europa.
Empurrado por mais de um minuto de aplausos no ato do Tribunal de Contas que homenageou o ex-governador João Agripino Filho – completaria 100 anos ontem se vivo fosse -, Cássio pronunciou algumas meias palavras que mostraram os reais motivos de não seguir na aliança com os “socialistas”.
Provocado pela excelente repórter Mislene Santos não absteve da pergunta: “Essa história do governo de quero, posso e mando já não existe mais”. Nem precisa dizer que teve o endereço a Praça dos Três Poderes, naquele casarão que fica entre a Assembleia e o Tribunal de Justiça, chamado de Palácio da Redenção.
Cássio disse mais: “As pessoas foram às ruas, inclusive não faz muito tempo, para mostrar exatamente que esse tipo de modelo de política nós não aceitamos mais”. É verdade, só o governador que o tucano ajudou a eleger não percebeu isso ainda.
Pois bem, o senador e possível candidato ao governo nas eleições de outubro prosseguiu: “Já passou o tempo em que algumas pessoas se intitulavam dono da vontade alheia (…). A liberdade é talvez o maior bem que o ser humano tem e essa liberdade deve ser exercida da forma plena…”.
“… Sem restrições, adjetivações, com tolerância, capacidade de dialogo, com respeito ao contraditório e respeito a opinião divergente”, concluiu.
Talvez, Cássio quis dizer o seguinte: todo poder tem limite.