O governador Ricardo Coutinho (PSB) está enfurecido com a população porque os protestos que encheram as ruas de João Pessoa na quinta (20) atingem a sua gestão. Ele se tornou um governante autoritário, também conhecido como um gestor rude que demite 30 mil prestadores de serviço, concede reajuste mínimo de apenas 3%, e que institui dois expedientes, quando o servidor não ganha suficiente para se manter com salário mínimo trabalhando em dois turnos.
Os manifestantes foram generosos com Ricardo na quinta-feira dos protestos realizados na capital do Estado, que levou as ruas mais de 20 mil pessoas. O foco não foi à estratégica Granja Santana, local onde se consome camarão, lagosta e carne com abundância, conforme denúncias jogadas ao meio-fio depois de analises feitas pelo Tribunal de Contas do Estado, que o governo “explicou” o inexplicável.
Muita sorte do governador “socialista”. A jóia da coroa não poderia ter ficado a margem da impressão dos manifestantes. Sob qualquer ângulo que se olhe, a história é uma peneira. Mas foi melhor assim, porque mostra que a intenção dos manifestantes é melhorar a qualidade de vida da população.
Recapitulando: nos primeiros dias desse governo “socialista” (com aspas mesmo) houve a demissão de 30 mil prestadores de serviço. Deu-se sem piedade nem dor. Algumas dessas pessoas, inclusive com mais de 20 anos “de casa”. Também no começo da gestão de Ricardo, ele instituiu o regime de trabalho em dois expedientes. Os servidores começaram a levar marmitas para as repartições públicas.
Pior é ver o governador fazer pouco caso da população paraibano, principalmente quando exibe o sentimento de que está se lixando para os problemas dos outros. E não está mesmo, porque não se percebe mudança de postura. Imagina se o atual gestor paraibano se reeleger. O que ele será capaz de fazer?
O povo está calado, mas as manifestações de quinta-feira dizem tudo quando o gigante está calado.