É o que parece – pode até não ser -, mas Dilma Rousseff não preside mais a crise no país. A população dita às normas segue com os manifestos que, ainda, não atingiu o ápice porque os protestos são a contra-gotas.
A crise está sendo presidida por ela mesma, não pela presidenta Dilma Rousseff. Ela assiste pela televisão o derretimento de sua autoridade. O governo perdeu a credibilidade e o pronunciamento em rede nacional só deverá piorar.
Aquela história: a emenda saiu pior do que o soneto. É verdade, porque soou como alguém que está com medo do gigante. Situação complicada, porque a descrença aumentou com a fala presidencial.
O governo ruiu. Ou a presidenta ainda não percebeu que o destino poderá ser outro senão a rua. Não tem quem suporte as altas cargas de impostos. E a corrupção? A falta de atendimento da saúde? A violência?
Não existe dinheiro pra nada quando é para melhor a qualidade de vida da população. Tem dinheiro para a construção de estádios de futebol, Copa das Confederações e Copa do Mundo. Triste realidade. Não é presidenta?
A respeito dos apelos que Dilma cuspiu em rede nacional, em pronunciamento a nação a respeito dos protestos, a população brasileira torce o nariz para a permanência da presidenta.
Na prática, a pseuda presidenta da República está nas mãos da população deste país maravilhoso, que dá uma verdadeira lição de democracia, atrapalhada só pelos vândalos que nada tem nada a ver com o que está acontecendo de encantador.
Dilma é considerada hoje subsolo do abismo, uma espécie de pré-sal do caos. A propósito, durante o pronunciamento, anunciou investimentos da capitalização dos recursos na educação, agilizar um projeto que tramita no Congresso Nacional. Mais promessas.
Por essa e outras promessas, que pareceu mais ser de candidata re-eleitoral do que de presidenta da República, é que a população protesta porque não acredita numa única palavra do que foi pronunciado.
A população, através dos manifestos, esfrega na cara de Dilma que anseia pela mudança. Ou ela não percebeu ainda. A presidenta vai aprendendo que tudo tem limite.
Dessa vez não tem complacência.