Com atraso, o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) decidiu sentar praça nos protestos que enchem os asfaltos das principais cidades do país. Falou sobre as manifestações e disse nada além do que já é do conhecimento público. Coisa do tipo: futilidade.
A respeito dos protestos que também depõe contra ele, o parlamentar e presidente estadual do PSDB chama a atenção dos seus colegas congressistas e demais integrantes da classe política para a necessidade urgente de uma pauta positiva para atender o clamor social.
Disse que a população cobra especificamente do parlamento uma resposta a temas como o fim do voto secreto, a derrubada da PEC 37, redução dos gastos públicos, reforma tributária e reforma política.
Para complementar a demagogia, o deputado sobe no banco da praça para proclamar o seguinte:
“O parlamento precisa ouvir o Brasil, precisa compreender que esse movimento também é contra sua paralisia diante de temas importantes, que podem mudar para melhor a vida das pessoas…”.
“… Quando defendi o fim do pagamento dos 14º e 15º salários enfrentei resistência de alguns colegas, mas naquele instante vencemos. No entanto, é preciso caminhar rapidamente ao encontro da voz que está nas ruas”.
Não parou com o blá-blá-blá: “É preciso ter coragem para enfrentar o pagamento das aposentadorias de pensões vitalícias a políticos, como também os escândalos das aposentadorias por invalidez no Congresso e nas assembléias…”.
“… Mudar essa situação é dever do Congresso foi as ruas para cobrar essa obrigação”.
Não estranhe nada o que o deputado Ruy falou, porque ele é autor da PEC que proíbe o pagamento de pensão a ex-governadores e ex-prefeitos.
Antes de jogar ao meio-fio essa proposta, certamente visitou os gabinetes dos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e Cícero Lucena (PSDB).
O problema é que Ruy não conversa com sua própria consciência.
