Um sentimento curioso está instalado no plenário da Assembleia Legislativa envolvendo o grupo aliado do Palácio da Redenção. Privam o governo da solidão sem fazer-lhe companhia.
O governo joga o peso de sua autoridade na sua convicção das incertezas legislativas. O Palácio nega de tudo. Os deputados se queixam que não estão sendo atendidos e prometem uma reação.
Ao invés de atender os parlamentares da base de sustentação, o governo prefere estabelecer uma briga dos prefeitos com os deputados. Arma-se uma estratégia para eleger no próximo ano parlamentares da intimidade do governante.
O líder governista na Assembleia, deputado Hervásio Bezerra (PSDB) faz um verdadeiro esforço para manter a base unida, mas o trabalho tem sido em vão. O governo não ajuda.
Informado das ameaças, o governo dobra a aposta. Rejeita todas as reivindicações que desembarcam no Palácio da Redenção. Depois proclama que a Assembleia trabalha contra a Paraíba. “É fraquinha”, como declarou o secretário do PAC, Ricardo Barbosa.
Em conversas privadas com auxiliares mais próximos, o governador costuma a expor seu ponto de vista sobre o assunto: “Se acham que vão me dobra na base da chantagem, estão enganados”.
Alega que, cedendo aos deputados, prejudicaria a relação com os prefeitos neste período das negociações em busca de adesões. O presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, diz que atualmente há 170 municípios apoiando a reeleição do governador.
E garante: “A meta é chegar a 190 municípios”, disse o dirigente do Partido “Socialista” Brasileiro.
Um deputado da base governista disse ao blog: “Esse governo ainda manuseia uma caneta cheia…”.
