Dos seis governadores cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre eles está o hoje senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o mandato interrompido por causa de um artigo publicado no jornal A União, cuja circulação não atinge 1 (um) mil leitores por dia.
Mesmo assim, o então governador do Estado foi penalizado com as maiores das punições. Cássio trouxe o assunto à tona em decorrência da decisão do TSE, que absolveu a chapa Dilma/Temer, mesmo tendo abusado do uso do poder econômico durante as eleições presidenciais de 2014.
A propósito do infortúnio da sexta-feira (9), o ministro-relator do processo de cassação da chapa presidencial, Hermann Benjamin – paraibano de Catolé do Rocha – usou como argumento a cassação de governadores para cobrar o mesmo tratamento da Corte. Acabou sendo voto vencido.
Cássio não se conforma até hoje com a injustiça de ter sido cassado em seu segundo governo, até porque aqui a decisão ocorreu numa sessão que chegou a durar 40 minutos, coincidência ou não, “quarenta” é o número do PSB do governador Ricardo Coutinho na ação movida por um ex-assessor do então prefeito de João Pessoa, Calistrato Cardoso Filho, mentor da ação eleitoral que cassou Cássio.
Cássio não esquece: “O que dizer alguém que foi cassado por conta de um programa social e por seis artigos publicados no jornal A União?”
De fato, não é pra esquecer mesmo.