A ideia de que é preciso e imperioso firmar um pacto de combate a violência, conforme entendimento do senador José Maranhão (PMDB), impôs ao futuro ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um ingrediente a mais na responsabilidade da nova função. Maranhão chegou, inclusive a apresentar uma solução para o problema.
“É necessário promover uma revolução no País para conter os atuais índices de violência”, disse o senador e presidente estadual do PMDB durante a sabatina com o nome que irá suceder o ministro Teori Zavascki, que faleceu vítima de um desastre aéreo. A solução proposta por Maranhão é integrada, envolvendo o Executiva e também o Judiciário.
Alexandre Moraes concordou de pronto: “Vossa Excelência, com a experiência de ter sido três vezes governador e senador, sabe que há necessidade de um novo modelo de segurança. Além da questão social, segurança é Polícia, Ministério Público e Judiciário num modelo de integração maior. Esse é um grande desafio a que esta Casa, junto com o Supremo Tribunal Federal e o Executivo, num pacto republicano, pode dar um grande auxílio.”
Em outro momento da sabatina, Maranhão lembrou da experiência de Alexandre Moraes enquanto secretário de Segurança Publica de São Paulo, também como ministro da Justiça do Governo do presidente Michel Temer: “Se ficasse mais tempo no Executivo, certamente poderia ser muito útil a esse momento que o Brasil está vivendo.”
E destacou que ao deixar o Ministério da Justiça para o Judiciário, Moraes também tem instrumentos para ajudar a promover uma mudança nesta área. A participação de Maranhão nos trabalhos da sabatina foi bastante elogiada, sobretudo por ter feito o questionamento advinda das vozes rocas das ruas.