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O advogado Marlon Reis, um dos fundadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, informou nesta segunda-feira (5), em entrevista ao programa Intrometido, que emitiu parecer a respeito do caso da PBPrev, que apura abusos na concessão de benefícios previdenciários na Paraíba. Isto teria ocorrido durante o primeiro mandato do governador Ricardo Coutinho, especialmente nos períodos eleitorais.
Marlon, como se sabe, é um dos percussores da Lei Ficha Limpa. Ele disse que jamais viu caso paralelo no país, quando uma verdadeira avalanche de dinheiro público foi usado para beneficiar à reeleição de Ricardo Coutinho. “Mesmo com toda minha experiência de juiz eleitoral, jamais vi tamanho abuso de recursos públicos em prol de uma eleição”, afirmou.
O interessante é que quem aqui mora não viu isso. Por exemplo: a Justiça Eleitoral da Paraíba sentou-se em cima desse processo e não julga de jeito nenhum. Mas continuemos com o pensamento de Marlon Reis, ao lembrar que o próprio Ministério Público Eleitoral já emitiu, desde o início do ano, parecer que também constatou as fraudes promovidas durante o período eleitoral de 2014 e que causaram “máculas” ao processo eleitoral, segundo o procurador regional João Bernardo da Silva.
Adiante, ele afirmou que foi comprovado que em 2014, R$ 7,3 milhões foram concedidos pelo Estado em pagamentos através de processos previdenciários e que no ano anterior, não eleitoral, foram cerca de R$ 2 milhões. Já em 2012, ano eleitoral, foram mais de R$ 5 milhões pagos contra menos de R$ 1 milhão em 2011.
Marlon conta: “Se fossemos fazer um gráfico, seriam picos nos anos eleitorais e vales nos anos não eleitorais”. A comparação foi feita pelo advogado que é especialista em Direito Eleitoral e Partidário e um dos mais influentes juristas do país com vários livros publicados, que se tornaram referência em todo o mundo.
É lamentável que a Justiça Eleitoral da Paraíba feche os olhos para o maior escândalo das campanhas eleitorais, praticada durante à reeleição do governador Ricardo Coutinho, que segue impunimente. Como se nada, absolutamente nada, estivesse acontecido.