Em recente conversa com o signatário do blog, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), licenciado, disse que 2018 “não está na agenda política neste momento” e que é muito cedo para tratar do tema. É mesmo, até porque o país está saindo de uma eleição municipal, quando os prefeitos eleitos, ou reeleitos, ainda não foram diplomados e, naturalmente, empossados em seus cargos.
No entanto, é apontado como o nome certo na próxima sucessão estadual, até porque saiu fortalecido das eleições de outubro passado, quando apoiou os candidatos vitoriosos das prefeituras dos principais colégios eleitorais do Estado, principalmente os dois maiores: João Pessoa e Campina Grande, além de outros dois que fazem a diferença: Santa Rita e Bayeux. E complementa com Cabedelo.
No Sertão, o tucano conquistou importante resultado com os aliados José Aldemir Meireles, em Cajazeiras, e Dinaldinho Wanderley, em Patos. “Não estamos tratando das eleições de 2018, que está fora hoje da agenda política, pois existe uma preocupação maior com os prefeitos eleitos em outubro, ou seja, grande responsabilidade porque os tempos são difíceis”, afirmou.
Questionado se teria interesse de concorrer à sucessão neste momento de cenário adverso, sobretudo quando o Estado teve a nota rebaixada por causa dos gastos acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Cássio adiantou que esse é um tema preocupante. Ele citou possíveis caminhos para vencer a crise: “botar a casa em ordem, como fizemos quando estivemos no governo, ocasião em que recuperamos a referência do governo perdida agora”.
Reconheceu que a oposição fez o seu papel nas eleições municipais e que agora vem a etapa mais difícil, quando os prefeitos se investirem no cargo a partir de 1 de janeiro de 2017. Inovar para vencer os obstáculos que a crise impõe e cuidar, principalmente, dos que mais precisam”.
Cássio retoma as atividades em janeiro depois de uma licença para tratamento de saúde. Não informou qual será o seu novo papel na bancada, já que os tucanos estão na base de apoio da atual gestão da Presidência da República. Talvez, as conversas internas para a renovação do PSDB nacional, já que é um nome cotado para substituir o colega de parlamento Aécio Neves no comando da legenda, na eleição que acontece em maio.
Vai enfrentar um páreo duro: o governador Geraldo Alckmin, que elegeu o prefeito paulistano João Doria no primeiro turno, também vários aliados em cidades da grande São Paulo, antes dominada pelo PT.