Deu-se há 5 meses, mas o deputado Trócolli Júnior (Pros) esperou apenas uma oportunidade para cobrar de sua colega de bancada Estela Bezerra (PSB) a retratação das acusações proferidas contra o ex-presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo, ex-PEN e atualmente filiado ao PMDB. Na ocasião, Bezerra subiu à tribuna da Casa e pôs em dúvidas as despesas na execução de reformas realizadas pela então Mesa Diretora.
À época, Trócolli engoliu “a seco” a denúncia da colega. Na ocasião, não tinha como questionar a “desafeta” e somente nesta quarta-feira (14), quase cinco meses depois, o parlamentar veio à boca do palco e exigiu da aliada de bancada do governo uma retratação, gerando uma crise entre os governistas neste clima de campanha municipal para as eleições de outubro.
Recém chegado ao grupo socialista, antes conhecido por “coletivo” – o deputado licenciado Buba Germano (PSB) costuma dizer que ainda, sequer, chegou à porta -, Trócolli não teria hoje nenhuma dificuldade de afastar-se novamente na base governista. Por isso, espera a retratação de Estela, que conhece bem o estilo do suposto desafeto. Tanto é verdade que já baixou a voz.
Usou a assessoria para explicar-se: “não vai perder tempo com discussão pequena”. É melhor, então, começar a preparar o escrito em defesa do ex-presidente Ricardo Marcelo, incriminado pelo que não fez. Trócolli, a partir de agora, vai cobrar um pedido público de desculpa.
O estilo desagregador de Estela tem causados problemas para a base do governo. Que o diga, além de Trócolli, os também deputados Jeová Campos (PSB) e Ricardo Barbosa (PSB), colegas do mesmo partido.