Conforme previsto, o deputado federal Wellington Roberto (PR) esteve ao lado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do começo ao fim do julgamento de cassação do ex-presidente da Câmara. Ele cravou o “não”. Um representante da bancada paraibana se ausentou: Hugo Motta (PMDB) não compareceu ao plenário na noite passada.
Já nove parlamentar da Paraíba cravaram “sim”, voto pela cassação de Cunha. Foram eles: Aguinaldo Ribeiro (PP), Efraim Filho (DEM), Pedro Cunha Lima (PSDB), Manoel Júnior (PMDB), Wilson Filho (PTB), Rômulo Gouveia (PSD), Damião Feliciano (PDT), Benjamin Maranhão (Solidariedade), Luiz Couto (PT) e André Amaral (PMDB), suplente substituto de Veneziano Vital (PMDB), que está licenciado do mandato.
Aliado de Cunha, sem esconder a postura desde o inicio desse processo, Wellington, logo cedo, ingressou com um mandato de segurança solicitando que fosse concedida uma medida liminar. Tinha o objetivo suspender a deliberação da Câmara de deliberar um parecer, e não um projeto de resolução. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou de pronto.
Wellington alegou o seguinte: “Enfim, o direito ao emendamento, titularizado pelo Impetrante, como reflexo da garantia de proporcionalidade da penalidade a ser aplicada (CF, art. 5º, LIV), corresponde, portanto, à essência da soberania do Plenário, ou seja, do poder do colegiado pleno de modificar a escolha lavrada pelos responsáveis por provocar a competência disciplinar da Câmara”.
A postura de Wellington Roberto poderá colocá-lo numa posição de “rejeição” do grupo político que atualmente integra. Porém, como pode-se observar, é uma situação de “pequena monta” para ele que não levou em consideração o desgaste da imagem do político em votar a favor de Cunha, que mentiu perante a CPI da Petrobras e isso lhe valeu a cassação.