Sem nunca ter sido, a deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) anunciou sua “desistência” de concorrer à sucessão municipal de Campina Grande, segundo maior colégio eleitoral do Estado. Foi através de uma nota distribuída na manhã desta quinta-feira (4). Mas manteve o mistério sobre quem o partido vai apoiar, se à reeleição de Romero Rodrigues (PSDB), ou Adriano Galdino (PSB) ou, ainda, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB).
Tratou só de Campina Grande, já que João Pessoa os progressistas parecem definidos com o prefeito Luciano Cartaxo (PSD). “Parece”, porque nesta quarta-feira (3) surgiu a informação que o Partido Progressista estaria rumando em direção a candidatura da professora Cida Ramos, que será homologado logo na tarde de hoje.
Recorre a expressão “há tempo para cada coisa debaixo do sol” para explicar a “saída” sem nunca ter entrado na disputa eleitoral deste ano. Pelo menos até onde se tem conhecimento. No mesmo parágrafo, o primeiro da nota, Daniella destaca se espelhar na frase acima porque “deve sempre guiar e orientar tudo que fazemos”.
Se dirigindo ao seu público continuou: “Há muito venho recebendo um grande apoio do povo de Campina Grande e tenho buscado responder com uma atuação voltada á defesa dos interesses desse povo, da nossa cidade (…). Este foi e posso seguramente dizer que sempre será o vetor principal da minha atuação política”.
Adiante, “compreendo, portanto, que há um tempo para cada coisa que devo fazer, cada ação que devo tomar na defesa intransigente desse povo, que não apenas me confiou um mandato como deputada estadual, mas foi o grande responsável pela expressiva votação que obtive e que acabou se transformando na expectativa pela expressiva votação que obtive e que acabou se transformando na expectativa de que eu me candidatasse ao Executivo nas eleições deste ano de 2016”.
Prosseguindo com o “compreendo” disse “ser necessário, pois, dar uma resposta a todos, fazer isso em nome da atenção que devo a Campina Grande” e adentrou no “atualmente” e do “talvez mais do que nunca – a política precisa ser repensada, precisa recuperar o seu significado de outrora, que tem o seu principal sentido na preocupação com os assuntos públicos, com o bom governo da pólis…”.
“[…] A política não deve acomodar, portanto, projetos pessoais, mas aquilo que se insere no interesse de todos…”.
“[…] Tomando essa perspectiva, acredito que não é esse o momento, no melhor interesse de Campina Grande e do seu povo, para lançar a minha candidatura ao governo do Município”.
Continua: “Temos pela frente, por razões variadas e cuja análise não caberia aqui, uma conjuntura marcada por uma crise econômica que se desdobrará em problemas de variada ordem, muitos dos quais no âmbito das relações dos entes federativos, entre os quais, no que nos interesse neste momento, o Município de Campina Grande e o Estado da Paraíba…”.
“[…] Assim, se de um lado muito me honra a confiança que o povo de Campina deposita em mim, manifestada hoje na expectativa de uma candidatura, percebo de outro lado a responsabilidade de tomar decisões apropriadas a esse tempo e vendo que terei muito mais a contribuir permanecendo no exercício do meu mandato”.
Adentro no “entretanto” das palavras finais: “É preciso ressaltar que o compromisso com essa comunidade proíbe que me mantenha alheira a um processo de inegável importância (…). Na minha vida política, creio ser desnecessário dizer, não há espaço para omissões…”.
“[…] Faz-se necessário, portanto, avaliar a maneira de melhor contribuir, o que implica em uma análise de fatores os mais complexos, de forma que, também para isso, haverá o tempo apropriado”.
E conclui: “Assim, deixo claro a minha posição para o povo campinense, a quem devo toda atenção e gratidão pela inigualável honra de ver meu nome expressivamente lembrado”.