Engana: ‘Passivo’ mostra que o governo Dilma ainda governa

Nesta época de crise econômica e política, tem-se argumento para todo os gostos. Basta acompanhar o noticiário nacional, onde aparece Lula falando pelos cotovelos, principalmente daquelas que não acreditam mais nele de jeito nenhum. Nem de ir para o céu como último recurso de salvação.

Mas é preciso acompanhar os acontecimentos e nesta Sexta-Feira Santa o “Passivo”, codinome do recém-convertido chefe de gabinete da presidência da República, Jaques Wagner, veio à boca do palco para convencer você com afirmação de que o governo não está paralisado.

Até parece que “Passivo” está em outro lugar do planeta que não percebe que o país parou totalmente. É só acompanhar os índices de desemprego, a grande quantidade de lojas fechadas pelo Brasil afora e o poder de compra da população reduzido diante de uma inflação galopante. É bom lembrar também a falta de atendimento na saúde, hospitais à beira do colapso e a insegurança cada vez mais presente na vida das pessoas.

Mas para Jaques “Passivo” Wagner está tudo sob controle e expões três situações para mostrar que o governo ainda governa: 1) “Dilma entregou moradias do Minha Casa, Minha Vida…”; 2) “A criação de uma nova universidade federal no Mato Grosso; 3) “Nosso governo enviará ao Congresso nos próximos meses o projeto autorizando a criação da Universidade Federal de Rondonópolis”. Disse mais: “A nova instituição de ensino deve impactar diretamente 1,5 milhão de pessoas”.

O terceiro item precisa acontecer antes de 12 de abril, quando se prever o julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O codinome de “Passivo” a Jaques Wagner apareceu na lista do propinoduto da Construtora Oderbrecht e faz parte da investigação da vigésima quinta fase da Operação Lava Jato.