‘Só o voto cura uma democracia doente’, diz Cássio

Senador-líder do PSDB, Cássio Cunha Lima subiu a tribuna do Senado para defender que “só o voto cura uma democracia doente”. Veio poucas horas após as manifestações de domingo (13), quando mais de seis milhões de brasileiros invadiram o asfalto favoráveis o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim do governo do PT, também contra a corrupção.

Cássio começou assim a sua fala: “Precisamos encontrar uma saída. Geralmente, quando se fala no tema, apontam-se três alternativas: a renúncia, o impeachment e as novas eleições com a cassação da chapa pelo TSE”.

Adiante, comentou: “A renúncia, naturalmente, é ato unilateral de vontade, portanto, só depende da presidente da República. O impeachment será, talvez, o caminho mais rápido porque, com tudo o que aconteceu no domingo, 13, com o julgamento dos embargos nesta quarta-feira (16) pelo Supremo Tribunal Federal, não restará à Câmara dos Deputados outra alternativa senão a instalação da comissão processante, para que, com rapidez e celeridade, se possa fazer o juízo de admissibilidade, enviando para o Senado o processo que terá o nosso julgamento”.

Cássio entende que a melhor solução é a convocação de novas eleições, que ocorreriam simultaneamente às eleições municipais deste ano. “Será o nosso povo, na sua diversidade de pensamento, na sua pluralidade política, que vai escolher e fazer nascer um governo que tenha a legitimidade e a credibilidade mínima para consertar as coisas que estão cada vez piores no nosso país”, defendeu.

Expôs outras opiniões acerca desse momento de crise político, mostrando que não há lugar mais para “bandeira branca”:

“No momento em que você tem uma candidatura que abusa de poder político, que abusa de poder econômico com financiamentos ilícitos, já sobejamente comprovados, é claro que o TSE pode, perfeitamente, à luz da legislação, cassar a chapa e proporcionar aquela que é a melhor solução para o problema, que é a nova eleição…

“… Com tudo o que já foi publicado pela imprensa através das delações premiadas, onde já se constatou de maneira irrefutável, de forma cabal, que dinheiro do caixa 2, dinheiro da corrupção e do petrolão financiaram a campanha da presidente Dilma Roussef, é claro que a eleição de 2014 está maculada pelo desequilíbrio de meios…”.

“… A justiça eleitoral existe exatamente para preservar a vontade do eleitor, fazer respeitar a vontade soberana do eleitor, mas também para equilibrar os meios da disputa…”.

“… Com novas eleições, entrega-se o poder de escolha a quem é o verdadeiro detentor do poder, que se manifestou no ronco das ruas ontem, que é o povo brasileiro”, concluiu.

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