Paulino ‘surfa’ na contramão das decisões do PMDB de JM

Alguém já disse que o ex-governador Roberto Paulino deveria ser o presidente do PMDB Estadual. Nas mãos dele o partido seria mais autentico, sem subterfúgio e não tinha tanto jogo de bastidores ao ponto de levar a legenda a se dividir, na iminência de perder quadros como Gervásio Maia, Trócolli Júnior e Veneziano Vital, só para citar algumas das estrelas peemedebistas.

Em entrevista, Paulino fez algumas previsões quando instado a falar sobre a crise envolvendo o partido por causa da quebra de um acordo celebrado em 2013 que trata do rodízio acertado entre Manoel Júnior e Gervásio Maia. Não cumprido, conforme pode-se acompanhar no final de semana com a recondução do primeiro a presidência do pemedebê na Capital: “O PMDB está em paz”, sustenta procurando esconder o conturbado ambiente.

Adiante: “Gervásio é um dos nossos principais quadros. Ele é Veneziano. Um dos dois será o candidato do nosso partido a governador nas eleições de 2018 (…). O povo assimila isso”.

Sem perder tempo pôs a fazer a autodefesa da legenda: “Se eu fosse ouvido essa situação de crise não estava ocorrendo, pois meu posicionamento seria em defesa de Gervásio no comando do partido em João Pessoa. E pronto. Estava tudo resolvido”.

Porém, o senador José Maranhão – presidente do PMDB de João Pessoa – não quis assim. “Mas o que está feito não podemos voltar mais atrás”, ressaltou o ex-governador.

Olhando pra frente, Paulino disse que “agora defendo a candidatura de Manoel Júnior a Prefeitura de João Pessoa”. Mas sobre a possibilidade de aliança do seu partido como PSDB, conforme está se desenhando na Capital, como fica o senhor ante essa situação de rejeição aos tucanos¿ Perguntou um repórter. E ele: “Não subirei neste palanque”.

Em seguida, comentou que “defendo apoio ao PSB do governador Ricardo (Coutinho) na hipótese do PMDB não ir para o segundo turno nas eleições de João Pessoa no próximo ano, ou o PT (…). São os dois nossos aliados da política nacional e estadaul”.

Paulino está na contramão das decisões tomadas pelo senador Maranhão, inclusive não fala em ocupar cargos no governo. Só isso basta para mostrar que o PMDB em primeiro lugar. Acima de tudo.