Agora é cada um por si e Deus por todos

Todos os supostamente envolvidos no esquema de propina da Petrobras estão sendo considerados inimigos. A julgar pelo ato de Renan Calheiros, presidente do Senado, a reação mostra que a encrenca da operação Lava Jato está a caminho de atingir o Congresso Nacional e tudo que vai de encontro aos interesses do trabalhador Renan bloqueia para se livrar do ambiente encrencado.

Deu-se nesta terça (3), quando surpreendida pela decisão de Renan Calheiros – devolveu a medida provisória que aumenta a contribuição previdenciária sobre a folha salarial -, a presidente Dilma transformou a MP em projeto de lei e já encaminhou a nova proposta para o Legislativo. Pede urgência, urgentíssima e usa a Carta Constitucional para o pedido de pressa da votação.

Na verdade, a República estaria desmoronando aos poucos e o que ocorreu nesta terça é a maior demonstração de que ninguém se entende mais. Ou seja, alguma coisa nos bastidores está ocorrendo entre Dilma, Renan, Eduardo Cunha (presidente da Câmara Federal), o PMDB…

Através de uma nota, o Planalto apressa-se em esclarecer que o projeto prevê mudanças na tributação da folha só entrará em vigor dentro do prazo de 90 dias, mesmo prazo previsto na medida provisória.

O blog do Josias traz o teor da nota oficial do Planalto acrescida da seguinte informação: “A substituição da MP pelo projeto de lei não trará prejuízo para o ajuste fiscal pretendido pelo governo federal.”