Diz-se ser ele o desafeto da presidente Dilma. Parece que é mesmo, a julgar pelo ato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizando a criação de uma nova CPI da Petrobras. O ato foi lido em plenário nesta quinta (5) e a promessa é de que o caldo vai esquentar de vez.
A previsão é que os trabalhos comecem depois do carnaval, mas o passo a passo até lá será de apreensão do Palácio do Planalto. Dos 182 parlamentares que assinaram o requerimento de criação, 52 pertence a base governista. Talvez, insatisfeitos ou não seguem as recomendações advindas das lideranças dos respectivos partidos.
O número de assinaturas é suficiente para que a Comissão Parlamentar de Inquérito seja criada. Seriam necessárias 171. A distribuição de cargos na CPI é feita de forma proporcional às bancadas dos partidos. PT e PMDB, portanto, devem ficar com a presidência e relatoria.
Além de autorizar, o presidente Eduardo Cunha colocou ainda mais “combustível” na relação com o Planalto. Disse que por pertencer ao maior bloco parlamentar da Câmara e ser a maior sigla dentro do bloco, caberá ao PMDB decidir que cargo ocupará na CPI. (G1)