Uma farsa: TSE arquiva ação da coligação ‘socialista’ contra candidato do PSDB

A campanha eleitoral para o governo da Paraíba atingiu níveis que a própria legislação eleitoral desconhece. Toma-se por base uma gravação denunciando uma suposta compra de apoio político de prefeitos de vários municípios. A ação foi contra o senador Cássio Cunha Lima, candidato adversário do autor da ação e governador reeleitoral Ricardo Coutinho (PSB).

Nesta quarta (22), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através do ministro-presidente Dias Toffoli, determinou o arquivamento da ação apresentada pela Coligação “A Força do Trabalho“, encabeçada por Ricardo. Ele pleiteia à reeleição. A denúncia teve por base a gravação telefônica de uma ligação realizada pelo ex-secretário de Estado, Sales Dantas, para o prefeito de Caiçara, Cícero Francisco (PSB).

Em sua decisão publicada na edição desta quinta-feira (23) do diário eletrônico do STF, o ministro Dias Toffoli entendeu que a única prova existente nos autos era uma gravação feita de forma clandestina. “Não existe, por ora, suporte fático mínimo que ampare a abertura de investigação criminal em face do senador Cássio Cunha Lima, por infração ao artigo 299 do Código Eleitoral”, destacou o ministro em seu despacho.

Em entrevista a Rádio CBN de João Pessoa, na manhã desta quinta-feira, o advogado Harrison Targino, que compõe a equipe jurídica da Coligação “A Vontade do Povo”, comentou o desfecho da farsa armada pela equipe do governador. Segundo ele, tudo isso não passou de “um factóide político mal feito” para tentar denegrir a imagem do senador Cássio Cunha Lima.

“A grotesca farsa montada pela coligação de Ricardo Coutinho foi desmoralizada. Um factóide político mal feito, com uma irresponsável montagem que terminou por levar à censura pública por parte do ministro relator, que é, inclusive, presidente do TSE. É lastimável este episódio e isto demonstra o caráter de quem fez”, afirmou Harrison.