Denúncia sobre escândalo da propina envolvendo secretários e irmão do governador desembarca no MP

Desembarcou agora a pouco no Ministério Público do Estado, com pedido de investigação, uma denúncia que a Paraíba não tomou conhecimento porque as autoridades policiais e o governo do Estado esconderam.

Mas, conforme o blog noticiou, a denúncia chegou ao conhecimento do Ministério Público na manhã desta quinta (25). É um verdadeiro mar de lama. Envolve quatro auxiliares do governo Ricardo Coutinho, gente ligada ao chefe do Executivo da Paraíba, pessoal de primeira linha do Palácio da Redenção.

São eles: Gilberto Carneiro (Procurador do Estado), Livânia Farias (Administração), Laura Farias (Sudema) e Coriolano Coutinho, o primeiro irmão.

O texto que segue trata de uma operação que deveria ser batizada de “Mar de Lama”, caso a Polícia Civil da Paraíba tivesse levado o malfeito adiante. Não é coisa recente. Ocorreu em 2011, no liminar da administração “socialista” que se autodenomina “republicana”.

Os documentos que ocupam este espaço foram capturados através da publicação em um link na internet no endereço: WWW. Mensalaopb.tumblr.com, que o blog publica abaixo.

Diante da gravidade dos fatos, envolvendo tráfico de influência, corrupção de servidores e uma série de outros possíveis crimes, vai resultar numa investigação do Ministério Público.

Espera-se!

A Operação

No dia 30 de junho de 2011 uma blitz de rotina da polícia da Paraíba teria uma desfecho surpreendente. Mas de tão surpreendente, jamais chegaria ao conhecimento dos paraibanos.

Os Fatos

Um veículo Fox, placas DYE-5922, foi solicitado a parar na referida operação policial. O motorista tentou furar o cerco, mas foi parado pelos policiais.

Após a revista feita no veículo, foram encontrados R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais) e ao lado desta vultosa quantia, sacada na Agência do Banco do Brasil de Benfica, no Recife, um papel branco com as seguintes marcações: G – 28.000,00; L – 10.000,00; C – 39.000,00; Dra. Laura 4.000,00 (totalizando 81 mil reais).

Na investigação feita, descobriu-se que “G” era de Gilberto Carneiro (atual procurador geral do Estado, “L ” de Livânia Farias (atual secretária de Administração), “C” – Coriolano Coutinho (Irmão do governador) e Dra Laura (Farias) , (Sudema).

O que ocorreu naquela noite? Segundo relatos, tão logo este caso chegou à sede da delegacia de repreensão e entorpecentes, vários outros delegados foram chamados ao local para auxiliarem nas investigação – (08 delegados presentes: Allan Terruel; Aldrovilli Dantas; Marcos Vilela, Ramirez Pedro, Daniela Vicunha; Dulcineia Costa; Marcos Lameirão; Jeferson Vieira).

Após o depoimento, o secretário de Segurança, Cláudio Lima, foi chamado pelos delegado. Desesperado, foi ao governador que, reunido com os demais envolvidos, iniciaram uma operação de guerra.

Os recursos eram oriundos de contratos intermediados pela empresa Bernardo Vidal & Associados conforme apurado pelos delegados. Mas, porque esse assunto nunca foi divulgado?

Depois de muitas idas e vindas e encontros entre delegados e secretários diversos, o fato é que o então secretário executivo da segurança pública José de Araújo Silvany, em expediente interno, vaticinou que a se tratava de armação política. E determinou a devolução do que fora apreendido.

Vale lembrar que: este processo inexiste nos arquivos da Polícia da Paraíba. Foi produzido um expediente de encaminhamento ao Ministério Público que nunca foi de fato protocolado no MP.

Confira os documentos:

 

Documentos