AO TENTAR IMPEDIR SÃO JOÃO NA orla de João Pessoa, o MPE se isola

O Ministério Público do Estado tomou uma decisão que desagradou a todos. Acredita-se que ao próprio órgão. A repercussão veio através de uma reação da imprensa, unânime favorável a Prefeitura de João Pessoa que deseja realizar o São João na orla marítima. Desinformado, o MPE não sabe que a Superintendência do Patrimônio liberou a área que compete a União desde o último dia 5.

Portanto, o Ministério Público, não se sabe orientado por quem, pegou a chave da orla e determinou: “Aqui quem manda sou eu”. A Prefeitura respondeu: “Vamos fazer o São João, e pronto!” Exageros a parte, o MPE deveria tomar conhecimento de todo o processo, antes, obvio, de jogar no asfalto qualquer decisão.

Endurecer o jogo a esta altura dos acontecimentos não faz parte da regra da boa relação, harmônica entre os poderes e instituições de quem tanto se fala. Agora, vem a máxima: “Deixa a Prefeitura trabalhar. Por que não?”

A novidade no projeto da Prefeitura é a inovação, porque levar o São João pra praia e algo que deverá dar certo. Os pessoenses têm demonstrado civilização suficiente para se comportar diante de um evento que tradicionalmente faz parte do cotidiano da população. Existem outros assuntos que o MPE precisa estar de olho. No entanto, não age.

Vou dar um exemplo: a nomeação de quase 200 pessoas, em apenas dois dias, para ocupar cargos comissionados no âmbito da estrutura dos servidores do Estado da Paraíba, quando se sabe que ainda tem vários concursos com prazo de vencimento e, no entanto, não há movimentação alguma do órgão para estancar essa farra.

Exige-se no mínimo uma dose de bom senso.