Era 2005, quando a Polícia Federal deflagrou uma operação batizada de “Confraria” para investigar desvio de recursos públicos em João Pessoa. Passaram-se oito anos e nesta quinta (5), a juíza Cristina Garcez, da 3ª Vara Federal da Paraíba, julgou improcedente a denúncia e mandou a arquivo o processo. Entre os envolvidos estava o senador Cícero Lucena (PSDB), que expressou assim o seu sentimento com a decisão:
“Essa é à notícia mais importante da minha vida, porque ela revelou a verdade”, proclamou Cícero nas diversas entrevistas que concedeu ao longo das programações radiofônicas do Estado. “Estou vivendo um momento de gratidão a Deus e aos meus amigos”, complementou.
Bem, se a juíza Cristina Garcez mandou a arquivo a ação, então todos os réus, além de Cícero, foram inocentados. São eles: Potengi Lucena, Evandro de Almeida Fernandes, Marcelo José Queiroga Maciel, Sylvio Britto dos Santos, Fábio Magno de Araújo Fernandes e Ricardo Moraes Pessoa.
Ou seja, os algozes de Cícero e das outras pessoas prejudicadas mentiram vergonhosamente. “Por mais doloroso que tenha sido nunca perdi a fé e a esperança que um a verdade venceria […] Foi a minha fé que me sustentou, pois nove anos não são nove dias…”.
“[…] Estou feliz, embora essa decisão não resgata o político, mas sim o cidadão, o homem que é pai, avô, tio e amigo e que sofreu muito nesses últimos anos”, comentou o senador Cícero ao declarar que perdoa os que contribuíram para sua via crucis:
“[…] De coração, quero revelar que esperam em Deus com paciência e resignação e esse dia chegou! A verdade apareceu e eu quero dizer que perdôo todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram com esse episódio. Digo isso de coração”, concluiu.