Desesperado, o governador Ricardo Coutinho (PSB) passou no estúdio do programa “Correio Debate” – comandado por Eron Cid – e fez um apelo muito forte, de quem realmente está precisando de uma grande ajuda político-eleitoral. Pediu ele: “Tenho interesse de conversar com o PMDB”.
Foi mais além no apelo público, que chegou a comover os presentes: “Acho que carece de diálogos […]. Mas entendo que o PMDB teria ganhos nesta aproximação”. Não disse que ganhos seriam esses. “Muitas vezes o segredo é mais ou menor a alma da coisa”.
Instado a falar se teria dificuldades de subir no mesmo palanque do ex-governador José Maranhão, também presidente estadual do PMDB, de quem foi adversário na campanha de 2010; Ricardo disse: “Nenhuma!”, tendo acrescentado que “não faço política do ponto de vista pessoal […]. Nunca ataquei pessoalmente o ex-governador José Maranhão, nem fui atacado”.
Desdenhou da pré-candidatura do PMDB de Veneziano Vital do Rêgo, quando afirmou que a disputa estadual está polarizada em duas candidaturas, a dele e do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). “Talvez para ele (Maranhão), fosse adequado fazer uma boa composição que lhe permitisse um fortalecimento a curto, médio e longo prazo”.
Ou seja, convidou Maranhão para ser senador da chapa. Com isso, bota para escanteio o vice Rômulo Gouveia (PSD), que alimenta ser o nome para ocupar o espaço para o Senado. A propósito, as bolinhas com óleo na estrada que Rômulo vem caminhando foi confirmada pelo próprio governador durante a entrevista.
“Meu compromisso com Rômulo é firme e forte […]. Ele participa de tudo […]. Primeiro terá Rômulo na chapa (não disse o cargo) e, segundo, as decisões passarão por todos nós…”.
“… Nos vamos sentar e discutir […]. As vezes as pessoas acham que Rômulo está no meio disso só em função dele […]. Ele está, como já disse repetida vezes, em função de um projeto […]. Tanto é que eu disse: você comando este processo do Senado e nós vamos no momento sentar”, concluiu.