DE BRASÍLIA – A movimentação política paraibana desta sexta (21) mostra que o governador Ricardo Coutinho (PSB) segue em posição incômoda, sem que saiba qual a decisão do ainda aliado Cássio Cunha Lima, que sinaliza com candidatura a governador este ano. O tucano ouviu apelo do presidenciável Eduardo Campos, também “socialista”, acerca da manutenção da aliança para as eleições desde ano.
Ouviu, no máximo, que o apelo será submetido a avaliação na reunião desta segunda (24) do PSDB. Cássio foi a Recife hoje em companhia do presidenciável tucano Aécio Neves para uma visita ao governador Eduardo Campos. Os três conversaram sobre a conjuntura nacional, também da aliança dos tucanos com o PSB.
O apelo feito foi no sentido apenas de criar a “falsa expectativa” de que Cássio vai recuar da decisão de concorrer à sucessão governamental. Porém, os tucanos dão como favas contadas a movimentação do PSDB de entrar no jogo eleitoral tomado pelo clamor da população paraibana.
O tucanato já está em entendimento com diversos partidos e lideranças políticas paraibanas bastante avançadas, inclusive com elemento a mais que irá se revestir na grande surpresa deste período da pré-campanha.
É segredo, que está guardado a sete chaves. A propósito, também, o partido de Cássio não irá tratar na reunião desta segunda da pré-candidatura e, sim, da entrega dos cargos.
Segundo informações, o anúncio da pré-candidatura somente vai acontecer depois do carnaval. Ou seja, não é estratégico fazer a divulgação com a população vivendo a expectativa do período carnavalesco. Essa é a avaliação dos tucanos.
Voltando o apelo feito por Campos, a proposta de manutenção da aliança PSDB/PSB é aproveitar o clamor da sociedade em torno do “volta Cássio”, lançá-lo candidato ao Palácio da Redenção e o governador Ricardo Coutinho compondo a chapa na vaga para o Senado.
E quem vai botar o guizo no pescoço do gato? Eis a questão.
