REAÇÃO NATURAL A UM DISCURSO ‘fora de hora’ e ‘inconsequente’

Como a prerrogativa confere apenas ao governador falar na abertura dos trabalhados legislativos, sem que o parlamentar tenha o direito de debater quaisquer insinuações, a exemplo do que fora feito pelo governador nesta segunda (3), coube ao presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo (PEN), a defesa das provocações ao Poder. Disse que a falta de harmonia vem do Palácio da Redenção para a “Casa” de Epitácio Pessoa.

“A Assembleia sempre estará disposta a ter um bom relacionamento com qualquer Poder (…). Isso nós fizemos o ano inteiro e nos três anos de nosso mandato e o Legislativo, em momento algum, se furtou a ter um diálogo franco e sincero com qualquer um dos Poderes (…). Esperamos que o entendimento seja, acima de tudo, maior do que todas as diferenças”, afirmou o presidente Ricardo Marcelo.

O governador pode falar o que quiser e bem entender, a exemplo do que aconteceu em seu discurso, inclusive que a Mesa Diretora tem colocado obstáculos nos projetos do governo. Sem que pudesse fazer a defesa de cima da tribuna, restou a Marcelo afirmar nas entrevistas que “nunca houve polarização por parte do Legislativo”. Pura verdade, porque as confusões dos últimos três anos dessa gestão vieram do Palácio, nunca da Assembleia.

De pronto, o presidente desmentiu o governador: “A Assembleia nunca prejudicou nenhum tipo de ação do governo (…). Porém, o que nós sempre propomos foi à legitimidade constitucional, mas o Poder é independente e que fosse respeitado assim como respeitamos todos os outros Poderes…”.

“… Portanto, a Assembleia nunca obstáculo e nunca fez qualquer tipo de ilação para não promover o desenvolvimento do Estado”, ressaltou.

A fala do governador parece mais uma tentativa de desviar a atenção para os graves problemas que o Estado está enfrentando, sobretudo na Segurança e Saúde, conforme recentes críticas feitas pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), aliado do governo. Coutinho não participava das sessões solenes de abertura dos trabalhos legislativos desde 2011.

Instado a comentar o assunto, o presidente da Assembleia Legislativa respondeu assim: “O que posso dizer é que as portas desse Poder vão continuar abertas e sempre estiveram abertas para todos os Poderes e para a população inteira”, concluiu.

rmal

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