Em meio a uma crise, o governador Ricardo Coutinho (PSB) poderá antecipar a reforma administrativa que pretendia fazer no começo do próximo ano. Entre os defensores da reformulação está o próprio chefe do Executivo da Paraíba, que nesta terça (3) nem precisou fazer cara de bravo para o secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima.
Avaliam-se que o governador terá que redifinir papéis urgentementes para não ver a ‘casa’ cair completamente. Além de Cláudio Lima, também está na berlinda a secretária de Comunicação, Estelizabel Bezerra. Quando fala, ela piora ainda mais a situação do governo “socialista”.
A esta altura dos acontecimentos, o secretário Cláudio Lima já deverá estar com a carta de renúncia pronta para entregar o governador. Isso se não quiser se pego de surpresa com a exoneração sumária. O chefe da segurança estadual, no entanto, revelou o que todos os paraibanos já sabem: a segurança está um caos.
Ricardo desmentiu o secretário, embora tenha reconhecido que “há uma necessidade de fazer uma adequação e isso nós estamos realizando”, disse o governador em entrevista na manhã desta terça. Sem demonstrar, RC estava irritado com Lima que jogou no meio-fio a informação que somente duas delegacias funcionam após às 18 horas.
Sem argumento, proclama que recebeu uma herança maldita dos governos anteriores. Sequer, livrou a gestão do ainda aliado Cássio Cunha Lima (PSDB) e do ex-aliado José Maranhão (PMDB).
Empurrado pela crise, o governador deverá fazer por pressão o que evitara fazer por gosto: abrir a agenda para a classe política. “Ele já sente de perto que está derrotado”, disse um parlamentar aliado que pediu para não revelar o seu nome.
A despeito da nova disposição do “socialista” Ricardo Coutinho, sabe-se que o contato direto com os políticos não o apraz. Prefere dedicar-se a temas administrativos.
Agora, uma coisa ninguém tem dúvidas: a quebradeira do Estado é gigante.