Foi a contragosto que o comandante geral da PM, cel. Euller Chaves, assinou a portaria de expulsão do cabo Luiz Quintino de Almeida Neto dos quadros da corporação da Paraíba. Vem a ser aquele militar que acusou o deputado federal Luiz Couto (PT), aliado político do governo “socialista”, de assédio e encaminhado uma denúncia ao arcebispo Dom Aldo Pagotto contra o parlamentar petista, que negou qualquer contato com o ex-policial.
Diz a portaria de expulsão do cabo Quintino: “Vasto conteúdo probatório juntado aos autos do Conselho de Disciplina em seu desfavor, que revelaram uma conduta atentatória ao pundonor policial militar e o decoro da classe, violando deveres que lhe são impostos, ficando evidenciada a sua incapacidade de permanência nas fileiras da PMPB, de acordo com a investigação realizada pela Comissão Disciplinar objetivando demonstrar a repercussão no âmbito administrativo dos atos praticados pelo militar”.
O processo disciplinar imputado ao ex-policia decorre de condenação a uma pena de 15 anos pela autoria intelectual do assassinato do agente da Polícia Civil José Maria da Silva, cujo crime foi praticado dia 18 de outubro de 2007 em uma parada de ônibus no Bairro dos Novais.
Ainda no ato de justificativa de expulsão do militar a portaria ressalta “que foi respeitado os princípios da ampla defesa e do contraditório e cumpridas as formalidades legais, inexistindo falhas processuais que comprometam aos efeitos produzidos pelo Conselheiro de Disciplina”.
O curioso é que o cabo Quintino foi expulso poucos dias depois de haver feito uma acusação contra um parlamentar aliado do governo. Parece perseguição. Ou um erro de percurso quando tem que se punir alguém, em cujo ato já deveria ter acontecido considerando o longo período de um crime a que se envolveu o ex-policial.