Pode-se perceber que o Tribunal de Contas do Estado não pretende afrouxar na apreciação do processo relativo ao contrato de “parceria” celebrado entre o governo do Estado e a “Cruz Vermelha” – não se trata daquele órgão que trata de crises internacionais.
De cara, auditores do órgão de fiscalização de contas públicas detectaram pagamento de taxa de administração de mais de R$ 1 milhão, sem previsão legal. As irregularidades identificadas seguem com a comprovação de despesas com horas extras, no valor der R$ 110 mil.
As irregularidades não param por aí, porque falta comprovação de estoque no valor de R$ 243 mil, gerando prejuízo na ordem de R$ 308 mil em decorrência da falta de efetividade de contrato de estoque no hospital, insuficiência de comprovação de gastos com passagens aéreas na ordem de R$ 28 mil.
A auditoria responsabilizou o secretário estadual de Saúde, Waldson de Souza e o ex-diretor da Cruz Vermelha, Edmon Gomes da Silva Filho. O Ministério Público de Contas opinou pelas irregularidades e solicitou o envio de peças do processo ao MPE.
O Ministério Público de Contas encaminhou o processo para o MPE para adotar as medidas cabíveis no âmbito da Justiça Comum, além de comunicar a Assembleia acerca da ilegalidade do contrato de gestão. A advogada Karin Azevedo Costa, representante do ex-diretor da “Cruz Vermelha”, informou que tudo será esclarecido.
Se o Tribunal de Contas não afrouxar, o malfeito será esclarecido.