O que o baixo índice nas pesquisas internas do candidato re-eleitoral é capaz de fazer. Veja você, o secretário-chefe da Casa Civil, Lúcio Flávio, um dos braços direitos do governo do “socialista” Ricardo Coutinho; veio à boca do palco para proclamar que não há barreiras para incorporar o senador Cícero Lucena (PSDB) ao projeto de reeleição do governador Ricardo Coutinho.
Flávio chegou a surpreender declarando que “a ordem é olhar pra frente”. Se existe “essa ordem”, então foi repassada pelo chefe dele. Isso quer dizer que o senador tucano passou a fazer parte dos planos dos “socialistas” para a disputa re-eleitoral. Ocorre num momento delicado do governo do PSB, cuja rejeição é algo impressionante.
Por isso, nota-se que o governador passou a imprimir um estilo “paz e amor”, diferente do gestor ranzinza desses dois anos e sete meses de governo, quando torceu o nariz para a classe política, os servidores públicos – de um modo geral – e os segmentos da sociedade que precisam dos serviços públicos do Estado.
Eis o que proclamou o secretário Lúcio Flávio a respeito do caso Cícero:
“É preciso sair daquela política ‘preto é preto e branco é branco’; que não se mistura. Precisamos caminhar para o fim do preconceito político”.
Porém, esquece o auxiliar do Palácio da Redenção que Cícero tem aversão a Ricardo e Ricardo tem aversão a Cícero. Ou seja, água e óleo não se misturam. Há, na verdade, o receio de perder o PSDB. Em acontecendo isso as pretensões de reeleição do governador vão por água abaixo.
Nesta hipótese, o melhor caminho é tentar unir o PSDB, aceitar a presença de Cícero na aliança; mesmo que depois os “socialistas” dêem um chute no traseiro do senador Cássio Cunha Lima, Cícero Lucena e Cia.