O vocábulo “sinistro” possui sete acepções, conforme o mestre Aurélio. Um deles: “Que infunde receio; ameaçador, temível.” Porém, é possível acrescentar um oitavo significado. Mais ou menos assim: “Sinistro – plenário da Assembleia de meter medo”.
Como se sabe, às voltas com a perspectiva de reprovação das contas do seu governo no julgamento pela Assembleia, o governador Ricardo Coutinho (PSB) ordenou auxiliares mais próximos para dar inicio a uma operação batizada de “reforço”.
Auxiliares não agem por conta própria, mas de forma articulada com o chefe. Explicitamente, Edvaldo Rosas disse, em entrevista ao repórter Anderson Soares, do Sistema Arapuan, que “estou conversando com Edmilson”.
Vem a ser o vice-presidente da Assembleia, deputado Edmilson Soares, ex-PSB do governador Ricardo, hoje filiado ao Partido Ecológico Nacional. De outra parte, trabalha-se outros parlamentares que já foram da base do governo, a exemplo de José Aldemir (PEN) e Pastor Jutahy Menezes (PRB).
A despeito do julgamento das contas do governador referente ao exercício financeiro de 2011, as conversas de bastidores acontecem sob o argumento de atrair adesões para 2014. Na verdade, o mais importante pra chegar até lá é resolver o problema 2013.
Contas rejeitadas por um colegiado transformam o político em “ficha suja”, impedido de participar de eleições por um período de oito anos. O governo está em minoria no plenário e busca reforço para ampliar a base e evitar o constrangimento inesperado.
É isso aí! Precisa-se resolver esse sinistro o quanto antes.