PSTU vê ato pró-Lula e ‘Diretas Já’ em João Pessoa fracassado

“Diretas Já” que nada! Ninguém acreditou nessa lábia e a platéia do ato público do Ponto de Cem Réis na sexta-feira (21), em João Pessoa, foi o mais esvaziado. A avaliação foi feita pelo PSTU que, em nota, diz que “o ato não conseguiu reunir a classe trabalhadora”. No texto, escreve aquilo que todo mundo já sabe: “Visava fortalecer o nome do ex-presidente Lula”.

Fala sobre a presença de público: “Segundo os organizadores a expectativa era de mais de 10 mil pessoas, porém o que se viu foi um pequeno evento que não chegou sequer a encher a metade do espaço da praça do Ponto de Cem Réis (local do evento), cerca de 2 mil a 3 mil militantes, se esforçaram para dar um ar de importância história ao ato, comparando com a histórica campanha pelas diretas já na década de 1980…”

“Quem estava na Praça do Ponto de Cem Réis na greve geral do dia 28 de abril, pôde ver realmente o que era uma praça lotada de trabalhadores e trabalhadoras, e fica fácil comparar e entender o fracasso da atividade”, relata.

Sobre o atual momento: “Esta campanha que na verdade significa a antecipação da campanha eleitoral para Lula presidente, fala recorrente da maioria dos presentes, demonstra-se um grande fracasso, onde nem o próprio Lula se fez presente”.

Na nota, o PSTU lembra um fato que considerou “marcante” no ato de sexta: “Foi no momento da fala do governador Ricardo Coutinho, onde um grupo de jovens levantaram faixas em protesto ao processo de terceirização/privatização de 600 escolas estaduais e a claque do governador não gostou e partiu para cima da juventude, rasgando as faixas e espancando os jovens militantes…”

“… A militância do PSB deu uma grande demonstração do tipo de democracia que eles defendem, que a mesma forma de truculenta que o governador trata os servidores públicos.

E mais:

“Nós do PSTU não concordamos neste momento com a bandeira das “Diretas” porque acreditamos em outro caminho para derrotar o atual governo e as reformas. Estamos chamando “Fora Temer, Fora Todos Eles, por uma Greve Geral de 48h”. Apostamos na ação direta da classe trabalhadora para derrubar Temer e toda quadrilha do Congresso Nacional. A Greve Geral do dia 28 de abril foi reconhecida até mesmo pela grande mídia e ganhou uma dimensão histórica e internacional. Sem dúvida, o que a burguesia mais teme é a realização de uma nova Greve Geral que incendeie o país e o torne ingovernável, comprometendo desta maneira as reformas. É isso que os governos e os patrões querem evitar a qualquer custo.

Precisamos debater um projeto dos trabalhadores, independente dos patrões e dos banqueiros. Um projeto que garanta os direitos e uma vida digna para a classe trabalhadora e o povo pobre. Que enfrente banqueiros, empresários e latifundiários.

Precisamos construir na luta um governo socialista dos trabalhadores, que governe em Conselhos Populares. Um governo que suspenda o pagamento da dívida aos banqueiros; exproprie e estatize as empresas corruptas e as coloque sob controle dos trabalhadores; estatize e coloque sob controle dos trabalhadores o sistema financeiro; entre outras medidas.”