Nem tudo é satisfação para o Governo Ricardo Coutinho (PSB). O final de semana chega com duas péssimas notícias, das quais a mais preocupante é uma iminente intervenção judicial na Fundac, órgão que administra o Lar do Garoto, local onde recentemente sete adolescentes foram chacinados.
Em que pese ter passado por mudanças, considerada para dar “satisfação” depois do derramamento de sangue, a exemplo do remanejamento de servidores, nada mais além disso, a situação de perigo prosseguiu nos dias seguintes. Pois bem, o Conselho Nacional do Ministério Público, ao analisar o caso, admitiu adoção de medidas drásticas contra o Estado.
O procedimento ainda está sob analise, mas não está descarta a intervenção judicial ao que considerou de “grave os problemas nas unidades socioeducativas”. Um dos conselheiros do CNMP é o advogado paraibano Walter Agra, que revelou preocupação com a situação da Paraíba.
A propósito, o tema foi ponto de discussão de uma reunião em Brasília, com a presença dos procuradores Bertrand Asfora (chefe do MP da Paraíba), Herbert Targino, Francisco Sagres e Álvaro Gadelha, também dos promotores Raniery da Silva Dantas, Soraia Escorel e Francisco Bergson, este último presidente da Associação do Ministério Público da Paraíba.
Segundo – A outra péssima notícia para o Governo do Estado, a segunda, diz respeito ao clima quente nos quartéis da Paraíba, ficando demonstrado, a partir do vazamento de áudios na Internet, onde escutou-se o desabafo de um policial militar, revoltado com o tratamento dispensado pelo comandante geral da PM, Coronel Euller.
Identificado como Sargento Belo, ele desafiou o comandante geral: “pode mandar me prender, que vou para a Imprensa contar tudo!” É um desabafo de quem, de fato, chegou a extremo da paciência e tolerância. O militar revela estar comandando a guarda no Presídio PB1.
Imagina ai o alto grau de estresse.