Não foi uma boa jogada a sugestão da bancada federal paraibana ter dois coordenadores, o senador José Maranhão (PMDB) e o deputado Wilson Filho (PTB), um cuidar dos assuntos da Paraíba no Senado e o outro na Câmara Federal, respectivamente. O governador Ricardo Coutinho (PSB) interferiu no processo e orientou não aceitar Maranhão.
De fora para dentro desse cenário, o governo alega que Maranhão é hoje um adversário do governista PSB, e que a sugestão feita pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) mostra que o peemedebista trabalhará contra os objetivos do Palácio da Redenção, que não vem ao caso.
A interferência já havia acontecido quando o deputado federal Benjamin Maranhão (SD) foi “deposto” da função de coordenador, denunciado pelo próprio parlamentar “a mando do governador (Ricardo Coutinho)”, sustentou. Ato contínuo: veio a indicação do governista Wilson Filho e, como solução para o impasse, a sugestão do senador Maranhão dividindo a responsabilidade da bancada.
Tudo acertado, eis que o governo interferiu novamente e a definição acaba de tomar novo rumo, cujo impasse será resolvido daqui a pouco na reunião da bancada para decidir se vai ter um só coordenador, ou dois, como deseja o senador Cássio Cunha Lima, hoje inimigo dos socialistas paraibanos.
Como se pode observar, outros tempos.