Senador-suplente, o peemedebista Raimundo Lira pode estar sinalizando com sua saída do PMDB, partido que lhe proporcionou estar ocupando o mandato parlamentar. Bateu de frente com o senador José Maranhão, presidente estadual da legenda, por causa de uma afirmação que Ricardo Coutinho é melhor governador que a Paraíba já teve nos últimos tempos. E complementou: “É claro que também tivemos bons governadores, no entanto, melhor do que Ricardo até agora, nenhum”, afirmou.
Como se sabe, Maranhão governou a Paraíba em três mandatos. Os filiados, em sua grande maioria, entendeu a declaração de Lira como uma provocação, ainda mais quando passou a defender uma aliança do PMDB com o PSB, partido do governador Ricardo Coutinho, de quem pretende ser suplente nas eleições de 2018 pensando em ver RC prefeito de João Pessoa em 2020 e, com isso, assumir o mandato como titular.
Em seu blog, o jornalista Helder Moura fez outra analise a despeito do apelo público de Lira, quando notícia: “Lira teria de Ricardo um compromisso para ser seu candidato a governador”. Conforme veiculado aqui, no entanto, o maior desejo do senador-suplente é ficar mesmo na “reserva” de Ricardo, torcendo para que ele seja candidato a prefeito da Capital e, ele (Lira), assumir a titularidade do mandato na condição sem de voto, a exemplo do que ocorreu em 2010.
Maranhão, por outro lado, tem evitado polemizar como seu colega de bancada no Senado da República. Porém, anda na contramão de Lira “quando rejeita uma recomposição com o governador, entendendo que ele, sequer, cumpriu o acertado com o PMDB, mesmo devendo sua reeleição ao partido, em 2014”, escreveu Moura.
Outra estratégia errada de Raimundo Lira é quando ele entra em colisão com o PMDB nacional, “depois que sua assessoria andou especulando que seria candidato natural do partido à presidência do Senado”. Mas, o que se sabe é que já havia um acordo interno da bancada para ser o senador Eunício de Oliveira (CE).
Por causa da aproximação dos socialistas, o ambiente para o político Raimundo Lira não ficou nada agradável, principalmente quando botou pra baixo os três governos do seu partido na Paraíba.
Pelo visto, ele está mais pra lá do que pra cá.