Dias atrás, discursando para um grupo pequeno de prefeitos eleitos pelo PDT, a vice-governadora Lígia Feliciano soou como candidata à reeleição nas eleições de 2018. Coisa mais ou menos assim: o partido não pode ser coadjuvante. Dirigiu-se a uma platéia que sonha em ser candidata à sucessão do governador Ricardo Coutinho (PSB). Com o apoio do socialista, claro.
Enxerga-se no sorriso largo dela o desejo enorme de concorrer. Porém, entre a vontade de ser há um caminho extremamente enorme e isso vai depender de muitos fatores. Um deles passa por decisão do esposo da vice-governador, o deputado federal Damião Feliciano, abdicar do mandato, pois estaria impedido de concorrer à reeleição na hipótese dela encarar o desafio, arriscando jogar tudo para alto, até a possível recondução de Damião.
Por isso, nos bastidores da política paraibana, circula uma operação que poderia dar certo a depender dos personagens. Como o governador Ricardo terá que se afastar para disputar a vaga de senador; Lígia também faria o mesmo e concorreria a vaga de deputada federal no lugar do marido; Gervásio Maia, já investido na condição de presidente da Assembleia assumiria o governo e, consequentemente, disputaria à sucessão.
Tem mais: o deputado Damião seria suplente de Ricardo Coutinho, que ficaria dois anos como senador e, em 2020 voltaria para concorrer a eleição de prefeito de João Pessoa, deixando a cadeira para o esposo da vice governadora. No mais, é esperar o tempo passar para ver o que se discute no presente é o que vai acontecer no futuro.