Não tem espaço para a terceira via nas eleições de 2016, em João Pessoa. A polarização está estabelecida entre as candidaturas do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) à reeleição e da socialista Cida Ramos (PSB), apoiada pelo governador Ricardo Coutinho. Nesta quinta-feira (4), ambos foram homologados pelos seus respectivos partidos candidatos oficiais em convenção, cujo tom dos discursos mostra, com exatidão, qual vai ser o nível da campanha.
Ao discursar para um grande público, Cartaxo disse que irá fazer uma campanha “pé no chão” e “humildade”, prometendo trabalhar com simplicidade. “No entanto, com muita confiança e, acima de tudo, certo de uma grande vitória”. Estava acompanhado do seu vice Manoel Júnior (PMDB), do senador José Maranhão, presidente dos peemedebistas da Paraíba, do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), bastante ovacionado; do presidente dos tucanos Ruy Carneiro e diversas lideranças dos partidos aliados do prefeito reeleitoral.
Sobre as alianças construídas nos últimos dias formada em torno de sua candidatura, Cartaxo assinalou como “um sinal de apoio ao trabalho que estamos desenvolvendo em João Pessoa, sem nos determos para ficar com picuinhas, como temos visto de certos políticos”. Preferiu não citar nomes.
Deixou para o senador José Maranhão as criticas mais pesadas ao adversário do grupo que defende atualmente: “O governador (Ricardo Coutinho) usa o Diário Oficial para perseguir os concorrentes e ex-aliados”. Foi com essa frase que o presidente dos peemedebistas paraibanos começou o seu discurso.
Seguindo na linha critica do discurso, Maranhão ressaltou que o “seu” PMDB segue o PSD de Cartaxo pelo “futuro da Paraíba” e voltou a atacar o governador: “Nós contribuímos decisivamente para a eleição dele (Ricardo) que não logrou êxito no primeiro turno, recorreu ao nosso partido e nós sufragamos o nome dele, mas nunca agradeceu ao PMDB”.
A convenção que homologou os nomes de Luciano Cartaxo e Manoel Júnior foi realizada no Clube Astreia, em Tambiá, e contou, ainda, com a presença de lideranças como os deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP) e Benjamin Maranhão (SD).