O deputado federal Hugo Motta (PMDB) está sendo acusado em processo que apura um esquema de troca de emendas ao Orçamento da União. O caso envolve empreiteiros. Não se sabe ainda os valores dos desvios. A informação da participação de outros integrantes da família do parlamentar, também sob investigação assim como ele.
O caso é semelhante ao escândalo da Operação Lava Jato. Guardando as devidas proporções, claro. Mota aparece em citação de um áudio que vazou na Internet e que fica evidente o esquema de desvio de dinheiro público da Prefeitura de Patos. É neste áudio que aparece o deputado Hugo Motta.
Esta semana registrou-se a prisão do empresário José Aloysio da Costa Machado Neto. Ele se encontrava foragido. Conforme o áudio jogado no asfalto e que está em poder do Ministério Público Federal – comentários na cidade -, uma pessoa chamada Cláudio fala com Aloysio sobre o acerto de uma propina de 15% com o secretário Dineudes Wanderley, auxiliar do governo da prefeita Chica Motta (PMDB).
Aloysio, o presidiário, admite ter conhecimento e responde que o acerto teria sido feito por uma pessoa conhecida por Madson, cujo valor repassado foi de R$ 21 mil, mas que o volume a ser entregue é superior a esse. O áudio expõe o modus operandi do esquema.
Investiga-se malfeitos na atual gestão de Chica Motta e, principalmente do hoje deputado estadual Nabor Wanderley, avó e pai do deputado Hugo, respectivamente. Ilana Motta, mãe do parlamentar, já compareceu a sede da Polícia Federal em Patos para prestar esclarecimento na primeira fase da Operação Desumanidade. Ela também está no centro das investigações.
Apura-se que o esquema ocorreu em, pelo menos, treze obras de engenharia na cidade de Patos, que para isso acontecer é necessário que sejam realizadas intervenções, sobretudo em áreas essenciais, a exemplo do que ocorreu com a construção de onze unidades básicas de saúde, uma academia de saúde e uma quadra poliesportiva coberta, em três contratos firmados nos anos de 2014 e 2015.
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