Por unanimidade, 13 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, o Conselho de Ética do Senado aprovou a cassação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo da presidente Dilma Rousseff. O relatório pede a cassação do parlamentar, conforme parecer do senador Telmário Mota (PDT-PR), relator do processo.
Do Conselho de Ética, o relatório será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde o processo de cassação do parlamentar de Mato Grosso do Sul começará a contar um prazo de cinco sessões para a analise no aspecto constitucional, legais e jurídicos. Em seguida, segue para a votação pelo plenário.
Em seu parecer, o relator argumentou que o senador Delcídio Amaral desrespeitou o Código de Ética e Decoro Parlamentar. “Não há qualquer dúvida de que o senador Delcídio Amaral abusou de sua prerrogativa constitucional”, escreveu Telmário Mota.
Delcídio é aquele senador da gravação divulgada pela Procuradoria Geral da República, na qual oferece R$ 50 mil à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Ao senador foi dado o amplo direito de defesa.