A penúltima etapa da Operação Lava Jato, que deflagrou nesta terça-feira (12) a vigésima oitava fase de investigação, trouxe como novidade a prisão do ex-senador Gim Argello, do PTB, representado aqui na Paraíba pelo deputado federal Wilson Santiago Filho. Foi batizada de Vitória de Pirro e foram cumpridos 21 mandados judiciais, expedidos pelo juiz federal Sérgio Moro, sendo dois de prisão temporária, um de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão e quatro condução coercitiva.
Foram presos ainda Valério Neves, ex-secretário da Fazenda do governo do Distrito Federal, na gestão de Joaquim Roriz e Paulo Roxo, que é muito ligado ao ex-governador José Roberto Arruda. A Polícia Federal diz que as investigações apuram “indícios concretos” de que Argello, como destacado integrado da CPI da Petrobras e a CPMI da Petrobras, atuava para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de propinas travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.
O ex-senador Gim Argelo foi vice-presidente da CPMI (ou CPI Mista) da Petrobras, presidida pelo então senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), depois indicado pelo senador Renan Calheiros para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A indicação foi considerada um prêmio à sua atuação que fez da CPMI mais uma a acabar em pizza.
O filho do ex-senador, Jorge Argello Júnior, também foi alvo de um mandado de condução coercitiva, segundo a PF. Os demais alvos de conduções são contra: Roberto Zardi Ferreira Jorge, Gustavo Nunes da Silva Rocha, Dilson de Cerqueira Paiva Filho e Marcos Paulo Ramalho.
(Diário do Poder)