Tucano mostra porque CPMI não pode funcionar na AL

A oposição no legislativo estadual está antenada aos episódios que interessam a população. Mais do que a bancada de situação, que propõe uma investigação mista – Assembleia e Câmara Municipal – para apurar supostas irregularidades nas obras da Lagoa, a mais importante que a cidade já recebeu nas recentes décadas.

Mostra que a ação é eleitoreira, principalmente porque no aspecto legal a CPMI não poderia funcionar neste momento, porque tramita no âmbito do legislativo estadual uma fila de pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O deputado Dinaldinho Wanderley (PSDB) teve que vir à boca do palco para explicar:

– As CPIs dos Pardais e do Telemarketing têm que ser arquivadas e foi dada entrada em uma nova CPI do Empreender, e por isso, uma nova CPI não pode ser instalada.

Por isso que a oposição, em que pese ser formada por um time de parlamentares de primeiro mandato, está fazendo a diferença nas atividades legislativas. Dinaldinho lamentou o episódio no âmbito da Assembleia, que deveria se preocupar com problemas do Estado, deixar que os que dizem respeito a João Pessoa fiquem restrito aqui a cidade. “Mostra que é um ação com fins eleitoreira”, frisou.

Chamou a atenção para o pedido de instalação da CPI do Empreender proposta por ele durante o ano passado, engavetada por causa de uma fila de solicitações, inviabilizando a investigação sugerida pela oposição. “Veja bem, quando propomos a investigação sobre o Empreender não estávamos no período eleitoral. A ideia é colocar a Paraíba a par desse programa, sobretudo como ele foi usado na campanha à reeleição do governador”, concluiu.