O deputado Tovar Correia Lima (PSDB) voltou a cobrar a instalação de um fórum de debate com o objetivo de encontrar alternativas que reduzam a criminalidade na Paraíba. Ele defende que o espaço conte com a participação dos poderes Legislativo e Judiciário, além, é claro de representação da sociedade paraibana. A cobrança é feita diretamente ao governo estadual.
“Chegamos a uma situação que o Governo precisa admitir que sozinho não conseguirá vencer essa guerra. É preciso a união de instituições e da sociedade civil para apontar soluções que venham contribuir com a redução dos crimes. Não podemos agir apenas com a prisão de acusados, é preciso evitar que vidas sejam perdidas para a violência”, destacou.
O parlamentar lembrou que, segundo o Mapa da Violência 2015, divulgado no mês de maio deste ano, João Pessoa é a 3ª cidade mais violenta do País e a Paraíba é o 5º Estado em número de mortes a cada 100 mil habitantes. Os dados fazem parte do estudo “Mortes Matadas por Armas de Fogo”, divulgado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Crime chocou Paraíba e Pernambuco – Tovar Correia Lima fez pronunciamento na Tribuna da Assembleia no dia 02 desse mês, sugerindo a instalação do Fórum. O parlamentar voltou a cobrar a iniciativa após o crime que chocou os Estados da Paraíba e de Pernambuco, ocorrido na noite do último sábado (20), quando duas mulheres e um bebê de nove meses foram sequestrados no Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa.
Eles foram levados para um canavial na cidade pernambucana de Goiana. As mulheres foram agredidas, estupradas e uma acabou falecendo após os bandidos atropelar as duas com o carro de uma das vítimas. Apenas uma conseguiu sobreviver, pois teve que fingir de morta para escapar das agressões dos criminosos. O bebê foi encontrado amarrado, dentro do matagal.
“Esse caso demonstra o nível de insegurança que vivemos. As mulheres voltavam de uma festa infantil e foram abordadas às 20h na frente da residência de uma delas. Elas estavam em uma situação de mais completa normalidade e repetida por tantas mulheres e homens diariamente nas nossas cidades. Não podemos achar isso natural. É preciso que busquemos uma solução e isso não diz respeito apenas ao Governo”, opinou.